O ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) recusou ontem o convite para assumir a presidência da Sanepar. Horas depois de ser comunicado sobre a decisão, o governador Beto Richa (PSDB) anunciou o retorno de Fernando Ghignone para comandar a estatal.
Mais que o cargo, a recusa de Pessuti significa maior dificuldade do tucano em contar com os peemedebistas numa futura aliança para a campanha de reeleição em 2014. Na prática, Richa tem hoje o apoio de apenas uma das três alas do PMDB paranaense: a dos deputados estaduais. As outras são as comandadas por Pessuti e o pelo senador Roberto Requião.
Richa ofereceu a estatal para Pessuti dentro da estratégia de aproximar o PMDB do governo. O governador manteve o deputado licenciado Luiz Cláudio Romanelli na Secretaria do Trabalho e aceitou a indicação do também deputado Luiz Eduardo Cheida para o Meio Ambiente.
Motivos
Pessuti despistou sobre os motivos que o fizeram recusar o cargo. "Ouvi meus companheiros mais próximos e entendi que não deveria aceitar esta sugestão de assumir a Sanepar. Neste momento, era melhor trabalhar na reorganização do PMDB", disse.
O ex-governador negou que a recusa tenha a ver com uma suposta proposta para assumir uma diretoria da Itaipu ou qualquer outro cargo no governo federal. Nos bastidores, comenta-se que interlocutores da ministra Gleisi Hoffmann (PT), possível adversária de Richa em 2014, teriam feito a oferta a Pessuti para afastá-lo do governador.
Peemedebistas contam ainda que o projeto de Pessuti é tentar lançar candidatura para o Senado. Se assumisse a Sanepar, estaria amarrado à chapa de Richa em 2014. Como não aceitou convite, Pessuti terá a liberdade de decidir o destino no ano que vem inclusive numa eventual negociação com Richa ou Gleisi.
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