Veneri: a polícia não pode dar tratamento diferenciado por se tratar de um deputado| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) cobrou ontem da Secretaria de Segurança Pública do Paraná uma investigação rigorosa para apurar as causas do acidente envolvendo o deputado Fernando Ribas Carli Filho (PSB). O petista foi o único entre os 54 parlamentares que subiu à tribuna para comentar publicamente o caso durante a sessão, embora o assunto tenha sido o principal tema de conversas reservadas no plenário.

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Para Veneri, não podem pairar dúvidas sobre a polícia, que precisa ouvir as testemunhas da colisão, apurar a velocidade dos dois veículos e buscar todo tipo de informação que possa ajudar a esclarecer as circunstâncias do acidente.

Segundo Veneri, a polícia não pode dar um tratamento diferenciado ao inquérito policial por envolver um deputado. "A Secretaria de Segurança Pública do estado tem que dar uma resposta clara, objetiva e contundente sobre o caso. A imprensa e a Assembleia não podem tratar isso como uma coisa corriqueira porque não é. Poderia acontecer com meu filho ou com os filhos dos senhores. Não vamos fazer um pré-julgamento, mas a sociedade cobra uma explicação racional para o que aconteceu", afirmou Tadeu Veneri.

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O deputado criticou informações que foram divulgadas por setores da imprensa apontando supostas irregularidades no pavimento da Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, que poderiam ter provocado o acidente. "Dizer que carros potentes decolam naquela área por causa das ondulações do piso é um desrespeito a inteligência, eu me sinto até ofendido. Isso é chamar a população de estúpida", afirmou.

A mesa executiva da Assembleia Legislativa concedeu uma licença de 60 dias para o deputado Fernando Ribas Carli. Nesse período, a cadeira do parlamentar vai ficar vaga porque o suplente Mario Roque (PMDB) só assumiria se o afastamento de Carli fosse maior do que 120 dias, como estabelece o Regimento Interno da Casa.

O tio de Carli Filho, o deputado estadual Plauto Miró Guimarães (DEM), também pediu licença da Assembleia por 30 dias para acompanhar o tratamento médico do parlamentar, no Hospital Albert Einstein em São Paulo.