Substituto de Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado, Jorge Viana (PT-AC) já bateu de frente com o Operação Lava Jato. E direcionou a mira para o juiz Sergio Moro, ao dizer que ele agia fora da lei ao autorizar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e arrematar: “quem age fora da lei é bandido”.
Em interceptação autorizada pela Justiça, Viana sugeriu que Lula confrontasse o juiz responsável pelas ações da força-tarefa da Lava Jato em primeira instância.
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Leia a matéria completa“Se o Lula colocar como o defensor da família dele, da mulher, dos filhos e desafiar e dizer que eles tão agindo fora da lei, como agiram hoje fora da lei, quem age fora da lei é bandido e dizer: vocês são bandidos, agiram fora da lei”, disse o senador em telefonema ao advogado de Lula, Roberto Teixeira, gravado em 4 de março.
“Se o presidente Lula fizer isso, ele vai virar e vai deixar de ser uma ação jurídica para se tornar uma ação política. O presidente Lula precisa transformar esse confronto numa ação política. Eles estão se rebelando, só dizendo que não aceitam mais o Moro, que agora, se ele mandar um ofício, ele não vai, e dizer que ele está agindo fora da lei, chamar de bandido”, completou.
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Leia a matéria completaMais recentemente, Jorge Viana voltou a direcionar críticas a integrantes do Judiciário, mesmo que indiretamente, ao afirmar que a Lei de Abuso de Autoridade precisa ser aprovada porque ela é defasada.
Em discurso no plenário do Senado, há duas semanas, ele disse que a lei precisa ser atualizada, preservando as garantias de quem tem a prerrogativa constitucional de “nos julgar a todos, fazendo valer e cumprir a Constituição e as leis”.
“É uma salvaguarda para quem tem o papel de operar a legislação e a própria Constituição, preservando a condição plena de trabalho. Todos os países do mundo têm leis como essa, enquanto a nossa está vencida, defasada, com vício de origem”, argumentou o petista.
Jorge Viana vai assumir o cargo de presidente do Senado após o afastamento do titular por meio de liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi concedida nesta segunda-feira (5).
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