Além das divergências internas do PMDB, a presidente Dilma Rousseff terá que arbitrar uma disputa dentro do PT pelo comando do ministério que reunirá as atuais secretarias das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. As deputadas Benedita da Silva (RJ) e Moema Gramacho (BA) estão em campanha para assumir o comando da nova pasta.
Inicialmente, a presidente Dilma pretendia deslocar para a função o atual ministro Miguel Rossetto (Secretaria Geral), mas houve resistência dos movimentos sociais que integram a base petista, que querem uma mulher negra para o comando desse ministério.
A segunda maior corrente petista, a Mensagem, quer emplacar Moema. Um dos principais argumentos é que ela integra o mesmo grupo de Rossetto, que pertence à Democracia Socialista. Essas duas tendências petistas operam juntas internamente.
Já Benedita é da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma de Lula. O grupo do ex-presidente voltou ao chamado núcleo duro do Palácio do Planalto, com Jaques Wagner na Casa Civil, Ricardo Berzoini na Secretaria de Governo e a manutenção de Edinho Silva na Secretaria de Comunicação Social.
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