O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, atenuou ontem o risco de divisão da base aliada após o PMDB ter formado um bloco na Câmara dos Deputados com o PP, PR, PTB e PSC. Um dos coordenadores da equipe de transição do futuro governo, Dutra disse que a presidente eleita, Dilma Rousseff, vai trabalhar para manter a unidade da base. Segundo Dutra, "movimentações de partidos são naturais".
A formação de bloco, de acordo com o PT, tem mais a ver com a divisão de forças na Câmara e no Senado do que com a definição dos assuntos do Executivo. "Estamos trabalhando para evitar qualquer tipo de questão, conversando com todos os líderes, independentemente dos blocos, porque eles dizem respeito à ocupação de espaços no parlamento. Não significa necessariamente que a definição de assuntos do Executivo passe por esses blocos", disse o presidente do PT.
Dutra afirmou que o PT mantém a posição de não criar uma disputa interna com o PMDB para as eleições das mesas da Câmara e do Senado. No entanto, ele espera que a tradição das duas casas seja mantida e as presidências fiquem com os partidos com as maiores bancadas.
Sem entrar em muitos detalhes, Dutra disse que apresentou ontem à presidente eleita Dilma uma síntese das reivindicações dos partidos aliados para ocupar cargos no governo. "Em resumo, todos os partidos querem manter os espaços atualmente ocupados. E, na medida dos possível, ampliar alguma coisa."
Dutra acrescentou que o PMDB, principal aliado, não apresentou nomes de ministeriáveis. Mas admitiu que o PR pediu a recondução do seu presidente, o senador Alfredo Nascimento, ao Ministério dos Transportes. O PT tem se mostrado contrário à ideia de manter os mesmos nomes nas mesmas pastas, com exceção dos ministérios da área econômica.
Seminários
Na reunião que teve ontem com outros integrantes do governo de transição, Dutra disse que foi traçado um cronograma para a realização de seminários sobre temas de interesse do governo de transição: erradicação da miséria, saúde e segurança pública. O primeiro debate deve acontecer na próxima quinta-feira, no Centro Cultural Banco do Brasil, com a participação de especialistas do Ipea e da Fundação Getúlio Vargas.
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