Parlamentares do PT saíram em defesa de Delcídio Amaral.| Foto: /

Deputados e senadores do PT demonstraram perplexidade na manhã desta quarta-feira (25) com a notícia de que o Supremo Tribunal Federal mandou prender o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).

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Embora o Supremo seja a instância máxima da Justiça brasileira, responsável justamente pela guarda das regras constitucionais, reservadamente alguns petistas falam em violação da Carta Magna, que só autoriza a prisão de congressista em flagrante cometimento de crime inafiançável.

Tanto no Senado quanto na Câmara integrantes do partido, porém, afirmaram que é preciso ter uma ciência mais clara do que pesa contra o senador do PT.

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A decisão de prender o líder do governo partiu do ministro Teori Zvascki, relator da Lava Jato no Supremo, e foi referendada pela Segunda Turma da Corte. De acordo com o relator, houve crime continuado na tentativa de promover a fuga de um dos investigados e formação de quadrilha, o que não comporta fiança.

Pela Constituição, cabe agora ao Senado, pela maioria do voto de seus integrantes, decidir se mantém ou não a prisão.

“Na verdade, todos nós estamos impactados com esse fato. Naturalmente, vamos conversar agora para ter conhecimento de tudo o que aconteceu. Estamos sabendo tudo aqui pela imprensa. Vamos avaliar as informações oficiais”, afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

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O senador afirmou que o fato não pode impedir a continuidade da atividade legislativa. É prevista a realização de sessão conjunta da Câmara e do Senado nesta quarta para votar projetos de interesse da área econômica. “É importante registrar também que não há, em nada que foi dito até agora, qualquer tipo de envolvimento ou participação do governo. Por mais preocupante que seja, ele não deve contaminar a atividade legislativa do Congresso brasileiro porque temos temas de importância e interesse do pais e temos que fazer com que eles continuem andando”, acrescentou Costa.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa do senador.

Nesta quarta, também foi preso temporariamente o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.