Expulso do PT no auge do escândalo do mensalão, em 2005, o ex-tesoureiro da legenda Delúbio Soares será o principal tema das discussões da reunião da Executiva Nacional do partido marcada para hoje, embora o assunto não esteja oficialmente na pauta. Na semana passada, em carta enviada ao partido, Delúbio pediu anistia ao PT para poder se filiar novamente à sigla. Segundo ele, a pena foi maior do que o eventual erro que cometeu. No PT, Delúbio conseguiu o aval do partido em Goiás, mas quer que o Diretório Nacional da legenda examine o caso.
Alguns dirigentes de peso do PT já se manifestaram a favor da suspenção da punição a Delúbio. O líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (SP), diz que o partido deveria rever a expulsão do ex-tesoureiro porque a pena foi maior do que os atos cometidos por ele. Já as alas ligadas ao secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, ao secretário-geral da legenda, deputado José Eduardo Cardozo (SP), e ao ministro Tarso Genro (Justiça) assumiram, internamente, posições de resistência à possibilidade de rever a punição a Delúbio.
A decisão sobre o perdão a Delúbio só ocorrerá em dois meses no fim de maio quando o Diretório Nacional do PT faz reunião em Brasília e pretende incluir o pedido do ex-tesoureiro na pauta oficial.
Denúncias
No processo do mensalão, que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), Delúbio é acusado dos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. O procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, ao elaborar o parecer sobre o mensalão apontou Delúbio como um dos líderes do que chamou de "organização criminosa" responsável pelas irregularidades.
O ex-tesoureiro do PT assumiu para si toda a responsabilidade de arquitetar e executar o esquema de financiamento ilegal do PT e de outros partidos aliados, o mensalão, com a ajuda do publicitário Marcos Valério. Delúbio disse que nem a direção do PT nem o então ministro José Dirceu (Casa Civil) conheciam a origem dos recursos obtidos com Marcos Valério. Ele alegou que estes recursos seriam pagos e que serviram para o pagamento de despesas de caixa dois das campanhas eleitorais de 2002 e 2004 do PT e dos partidos aliados. A versão foi endossada por Valério.
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