A Petrobras vai cobrar na Justiça o ressarcimento de R$ 1,278 bilhão de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato. A estatal já entrou com ações judiciais contra duas empresas, Mendes Junior e Engevix, e prepara outras três ações contra as empresas Camargo Correa, OAS e Galvão Engenharia. As ações foram abertas em coautoria com o Ministério Público Federal. A decisão reflete o movimento da estatal para recuperar os valores desviados nos contratos, estimados em cerca R$ 6 bilhões. De acordo com a companhia, as ações visam “garantir o ressarcimento integral dos prejuízos sofridos pela companhia, inclusive aqueles relacionados à sua reputação”.
Justiça dá prazo de 5 dias para ex-tesoureiro explicar depósitos
- brasília
- Folhapress
O juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, estabeleceu prazo de cinco dias para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto explicar os depósitos de R$ 583.400 feitos na conta de sua mulher. O montante foi transferido em diferentes operações, em dinheiro, entre os anos de 2008 e 2014 para a conta em nome de Giselda Rouse Lima. Segundo Moro, o dinheiro, “aparentemente”, não tem origem comprovada. O magistrado se pronunciou após o ex-tesoureiro pleitear a revogação de sua prisão preventiva. Vaccari está detido desde o dia 15 do mês passado. A força-tarefa da Lava Jato apura se duas operações de recebimento e envio de R$ 400 mil em 2008 e 2009, usando a conta de Giselda, tiveram relação com o suposto pagamento de propina por parte da Toshiba no esquema de corrupção da Petrobras.
A decisão também se dirige aos executivos das empreiteiras responsabilizados pelas irregularidades segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Também o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, é indicado para ressarcir os valores desviados para pagamento de propina a políticos, executivos e partidos.
Até o momento, já foram protocoladas duas ações que somam recursos de R$ 452 milhões. No dia 30 de abril, foi aberto processo contra a empresa Engevix. Na ação, a estatal pede o ressarcimento de R$ 154 milhões, que poderia ser pago pela holding controladora da empreiteira ou pelos executivos, citados nominalmente no processo. São eles o vice-presidente Gerson de Melo Almada e os representantes da Engevix nas negociações com a estatal, Carlos Eduardo Strauch Albero, Newton Prado Junior, e Luiz Roberto Pereira. Paulo Roberto Costa também foi incluído como possível alvo para recuperação dos valores.
Contra a Mendes Junior Participações S/A, a estatal solicitou R$ 298 milhões em indenização por dano material e multa. São listados como possíveis responsáveis pelo ressarcimento os executivos Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente executivo do grupo, Rogério Cunha de Oliveira, diretor de Óleo e Gás, Ângelo Alves Mendes, vice-presidente corporativo, e os representantes nos contratos, Alberto Elisio Vilaça Gomes. Também foram listados o gerente de contratos José Humberto Cruvinel Resende e o ex-diretor Paulo Roberto Costa.
Outras cinco ações estão sendo preparadas e serão abertas “nas próximas semanas”, segundo a estatal. Os processos vão exigir o ressarcimento de R$ 826 milhões referentes a contratos com a Camargo Corrêa, Galvão Engenharia e OAS. Procurada, empresas informaram que não iria se pronunciar.
Braga Netto repassou dinheiro em sacola de vinho para operação que mataria Moraes, diz PF
Defesa de Braga Netto diz que provará que não houve obstrução das investigações
Parlamentares de direita e integrantes do governo repercutem prisão de Braga Netto
Da revolução à ruína: a fraqueza original que selou o destino do comunismo soviético
Deixe sua opinião