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A Petrobras firmou convênio inédito de R$ 228,7 milhões, este ano, sem licitação, com a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) para formação de 70 mil profissionais nos próximos dois anos. A Abemi reúne algumas das principais empreiteiras - e doadoras de campanhas eleitorais - do país. É o que mostra reportagem publicada no jornal "O Globo" nesta segunda-feira. De acordo com o levantamento, neste ano, pelo menos 13 empresas associadas à entidade doaram R$ 16,7 milhões a candidatos e partidos. Destes, R$ 6,4 milhões foram destinados ao PT e PCdoB, integrantes da coligação que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. O resto do dinheiro foi distribuído para outros sete partidos.

O convênio de R$ 228,7 milhões, assinado no dia 17 de março deste ano, é do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). Criado em 2003, o Prominp tem o objetivo de acabar com os gargalos que impedem a ampliação de negócios na área do petróleo. Um desses gargalos seria a falta de mão-de-obra qualificada.

Levantamento publicado neste domingo em "O Globo" mostrou que a Petrobras repassou, entre agosto do ano passado e outubro deste ano, pelo menos R$ 31 milhões a ONGs ligadas ao PT, à campanha de reeleição de Lula ou ao MST. Algumas dessas entidades teriam usado a sua estrutura para favorecer candidatos.PFL quer investigação na CPI das ONGs

Neste domingo, líderes no Congresso reagiram à revelação de que a Petrobras repassou ao menos R$ 31 milhões ONGs ligadas ao PT. O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), informou que nesta terça-feira reunirá a bancada do partido no Congresso para avaliar a possibilidade de ampliar a abrangência da CPI das ONGs , proposta pelo senador Heráclito Fortes (PFL-PI), e incluir nas suas atribuições a investigação dos repasses da Petrobras a essas entidades.

Fortes já tem as assinaturas necessárias à instalação da CPI no Senado para investigar o repasse de recursos do Orçamento da União no governo Lula para ONGs. A instalação está prevista para esta terça, mas o líder do PFL acredita que, com as denúncias publicadas no "Globo", o partido poderá obter o apoio da Câmara dos Deputados e instalar uma CPI mista no Congresso com escopo ampliado. Para isso, precisará de, no mínimo, 171 assinaturas de deputados.

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