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Ministro do STF manda investigar vazamento de informações de Operação Hurricane

O ministro Cezar Peluso, relator das investigações que vieram à tona com a Operação Hurricane, determinou abertura de inquérito para apurar o vazamento de informações referentes ao inquérito sobre o assunto que tramita em segredo de justiça no Supremo Tribunal Federal (STF). As apurações sobre a origem do vazamento serão conduzidas pela Polícia Federal. Peluso não chega a acusar diretamente os advogados da quebra de sigilo. Mas pondera que as informações foram estampadas na imprensa exatamente no dia em que a defesa dos suspeitos teve acesso aos autos.

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A Polícia Federal acionou a Interpol para encontrar os tesoureiros da organização criminosa que comprava decisões judiciais em favor de bingos e caça-níqueis. Os acusados teriam fugido com 15 milhões de dólares. A PF está à procura de três homens acusados de atuar como tesoureiros dos bicheiros Antonio Petrus khalil, Ailton Guimarães e Anísio Abrahão David, que tiveram a prisão preventiva decretada no sábado pela Justiça federal.

O desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, preso desde o dia 13 pela Operação Hurricane e libertado no fim da tarde de sábado, desembarcou na manhã deste domingo no Rio de Janeiro. Ele foi solto por decisão do juiz Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal. Peluso concedeu habeas corpos a dois juízes e um procurador que também estavam presos em Brasília sob a acusação de participarem do esquema de venda de sentenças para funcionamento de bingos.

Com a decisão do STF, além de Regueira, devem ser libertados o desembargador Luiz Eduardo Carneiro e o procurador regional eleitoral Paulo Sérgio Leal.

O ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia determinado a soltura de três desembargadores e do procurador regional da República que estavam presos desde o dia 13, na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. Os demais 21 bicheiros, policiais e advogados presos pela Operação Hurricane - que não têm foro privilegiado - continuarão atrás das grades. O processo será conduzido pela 6ª Vara da Justiça Federal, no Rio, que decretou a prisão preventiva do grupo.

Adovogados pedem liberdade provisória de Dória

Os advogados do desembargador Ernesto Dória, do Tribunal Regional Federal de Campinas, São Paulo, entraram com recursos no Supremo Tribunal de Justiça na tarde deste domingo, pedindo sua liberdade provisória. Ele é suspeito de envolvimento na máfia em favor dos bingos, estourada pela Operação Hurricane da Polícia Federal, na semana passada. Dória não vai ser libertado porque pesam evidências contra ele, apreendidas durante buscas no gabinete. O desembargador permanece preso porque foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas. Os outros 21 acusados presos na Superintendência da Polícia Federal estão à disposição da Justiça e podem ser transferidos para um presídio federal.

Com base no resultado de mais de um ano de investigações do serviço de inteligência da PF, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, denunciou os 25 magistrados, bicheiros, policiais advogados e o ministro Paulo Medina ao STF na sexta-feira. O procurador também solicitou a prisão preventiva de todos, inclusive de Medina, que pediu licença de 28 dias para tratamento de saúde . Segundo o procurador, são fartos os indícios de envolvimento de Medina com o esquema de venda de decisões judiciais e de informações privilegiadas para donos de casas de bingo.

A PF também investiga o envolvimento do presidente do Vasco Eurico Miranda e o deputado estadual Chiquinho da Mangueira com bicheiros . A dupla teria recebido dinheiro para financiamento para campanha eleitoral para deputado estadual, no ano passado. Outro político citado nas escutas telefônicas feitas pela PF, é o deputado federal Geraldo Pudim (PMDB), que tem como padrinho político o ex-governador Anthony Garotinho.

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