A operação Pégasus da Polícia Federal já prendeu 95 pessoas, nesta quinta-feira, acusadas de integrar uma quadrilha de 140 fraudadores digitais, conhecidos como hackers, que atuavam com base em Goiás. A operação teve como ponto de partida a Base Aérea de Anápolis, a 45 quilômetros de Goiânia. Cerca de 400 policiais federais saíram ainda de madrugada para cumprir 126 mandados de prisão expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Goiás. Esta seria a maior quadrilha de fraudes contra o sistema financeiro na internet que já atuou no Brasil.
Alguns dos acusados já haviam sido presos em três operações anteriores da PF destinadas ao combate a crimes na internet e estavam soltos.
De acordo com a polícia, os fraudadores realizavam débitos nas contas de vítimas que tinham suas senhas capturadas pela internet. A quadrilha de fraudadores já causou prejuízo a correntistas de todas as grandes instituições bancárias do país, desde 2001, invadindo contas através da internet.
A maioria dos presos atuava arregimentando outras pessoas para alugar suas contas para a quadrilha. Estes colaboradores, conhecidos como 'laranjas', recebiam de R$ 100 a R$ 500 para guardas o dinheiro desviado de clientes de diversos bancos com a ajuda de um programa conhecido como "cavalo de tróia" ou "trojan". Os integrantes da quadrilha usavam as senhas para sacar o dinheiro.
A operação acontece ao mesmo tempo nos estados de Goiás, Pará, Tocantins, Maranhão, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal. As ações são as primeiras coordenadas pela recém-criada Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), na Polícia Federal.
Os acusados respondem pelos crimes de furto qualificado (art. 155 do Código Penal), formação de quadrilha (art. 288 CP) e violação do sigilo bancário (art. 10 da Lei Complementar 105/2001. As penas podem chegar a oito anos de prisão.
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