A delegada da Polícia Federal Renata da Silva Rodrigues, que conduz inquérito policial sobre o bilhete escrito pelo empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht, dono da Construtora Norberto Odebrecht, no qual ele fala aos seus advogados a frase “destruir e-mails sondas”, deu prazo de 24h, nesta segunda-feira (13), para que lhe seja apresentado o original do bilhete. A PF já pediu o original do bilhete, mas a Odebrecht ainda não o entregou. Em entrevista no dia 26 de junho, a advogada da Odebrecht, Dora Cavalcanti, disse que encaminhou o documento para a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná, para que a entidade avalie se houve quebra de prerrogativas do sigilo profissional entre os advogados e cliente no episódio.
A delegada apura se a frase escrita por Marcelo Odebrecht “destruir e-mails sondas” sugere “uma ordem/plano para destruição de provas no bojo da investigação criminal, fato sob apuração no presente Inquérito Policial”. O bilhete foi escrito por Odebrecht no dia 21 de junho e foi apreendido pelo delegado da PF, Eduardo Mauat, no dia seguinte, uma segunda-feira, alertado pela frase que indicava a destruição de provas. O delegado tirou cópia do documento e entregou o original aos advogados da Odebrecht.
Os advogados da empreiteira protestaram contra a quebra de sigilo e disseram que o presidente da construtora usava o termo “destruir” no sentido de rebater as provas que levaram à sua prisão, entre eles um e-mail em que ele fala de sobrepreço em sondas para a Petrobras. O original, dessa forma, ficou em poder da Odebrecht. Agora, a PF quer que o documento lhe seja entregue da “forma mais célere possível”, concedendo um prazo de 24 horas para isso aconteça. Nesse sentido, a delegada pede que o juiz Sergio Moro intime os advogados de Marcelo e que seja marcado depoimento do empreiteiro a respeito do teor de seu bilhete
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