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Operação apura denúncias de manipulação em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). | Divulgação/Polícia Federal
Operação apura denúncias de manipulação em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).| Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (3) mais uma fase da Operação Zelotes, que apura denúncias de manipulação em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

O objetivo é obter documentos contábeis de algumas empresas investigadas para auxiliar as análises e perícias do interesse da investigação. Nesta fase, policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão em nove escritórios de contabilidade no Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Em nota, a Receita explica que se tratam de buscas complementares da operação e que os investigadores esperam, com essas novas medidas, ter acesso a materiais que possam provar o envolvimento de 12 empresas e 11 pessoas físicas com o esquema fraudulento.

Os escritórios de contabilidade alvo das ações desta quinta prestam serviços às empresas investigadas e também já tiveram materiais apreendidos pela PF.

As irregularidades no Carf estão sendo investigadas desde 2013 e se tornaram públicas em março deste ano, com o início da Operação Zelotes. Na época, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão. O inquérito do caso foi instaurado em 2014. Ao todo, os investigadores analisam cerca de 70 julgamentos realizados pelo tribunal administrativo no período de 2005 a 2013.

As suspeitas são de que ex-conselheiros, servidores públicos e empresas de consultoria montaram um esquema para negociar o resultado desses julgamentos. Empresas que haviam apresentado os recursos pagavam para ter os débitos anulados ou reduzidos pelo órgão. Os crimes investigados são os de formação de quadrilha, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.

A Operação Zelotes é realizada conjuntamente pela Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público Federal e Corregedoria do Ministério da Fazenda.

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