Paralisação de 72 horas da PF pode afetar investigações
A paralisação de 72 horas dos policiais federais, que começou na terça-feira, pode atingir o andamento de investigações pelo país. Pelo menos 12 mil policiais aderiram ao movimento como forma de pressionar o governo a fazer uma nova proposta salarial. Nesta quinta, uma nova reunião entre o sindicato e o ministério do Planejamento foi agendada e caso não haja acordo, a PF pode entrar
Depois de uma reunião tensa de negociação, em Brasília, governo e funcionários da Polícia Federal definiram nesta quinta-feira à noite os termos de um acordo que faz com que termine imediatamente a greve que provocou filas em aeroportos e paralisação na expedição de passaportes, nos últimos três dias.
Segundo a Associação Nacional dos Delegados, os policiais federais aceitaram a proposta do governo de pagar em três parcelas, até 2009, o reajuste já acertado com a categoria, de 30%. Com o acordo, que à noite ainda era costurado nos detalhes, os agentes federais receberão um reajuste de pouco mais de 9% a partir do próximo mês, a segunda parcela de 13% seria no começo de 2008 e a terceira, de pouco mais de 7%, em 2009.
- Queríamos o pagamento imediato, mas essa foi a única forma de conseguirmos o acordo - disse o presidente do Sindicato dos Delegados, Amaury de Rosis Portugal, que participou da reunião com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Os policiais devem voltar ao trabalho normal nessa sexta-feira.
A paralisação, que começou na terça-feira, contou com a adesão de cerca de 12 mil policiais, e afetou principalmente o movimento de aeroportos e a emissão de documentos.
No Aeroporto de Guarulhos, a situação foi tranqüila pela manhã, já que os vôos internacionais saem à tarde, mas 179 vôos atrasaram mais de uma hora. No Aeroporto de Congonhas, que opera vôos nacionais e não foi afetado pela operação da PF, 14 vôos tiveram atraso.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol-DF), Luís Cláudio Avelar, quase todas as ações da Polícia Federal (PF) ficaram paralisadas na quarta-feira, com exceção da entrega de passaportes em Brasília. Apenas parte dos profissionais que trabalha nas grandes ações da PF, como a Operação Navalha , manteve as atividades.
- Só se mantêm as atividades essenciais, para que as portas não sejam fechadas. A perícia está prejudicada e as investigações como um todo. O que ficou mantido foi a escolta e oitiva de presos e a segurança.
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