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O ministro Fernando Gonçalves vai analisar o relatório da Polícia Federal | Nelson Jr./TSE
O ministro Fernando Gonçalves vai analisar o relatório da Polícia Federal| Foto: Nelson Jr./TSE

Brasília - O ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decide hoje se autoriza a quebra do sigilo bancário e fiscal do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido) e dos principais acusados de envolvimento no mensalão do DEM. A medida foi requerida no primeiro relatório da Polícia Federal (PF), entregue ontem, sobre a Operação Caixa de Pandora, que revelou a existência de um esquema de distribuição de propina a políticos e autoridades de Brasília, que seria comandado por Arruda, alvo de pro­­­cesso de impeachment na Câmara Legislativa.

Além da quebra de sigilos, o delegado Alfredo Junqueira, da Diretoria de Inteligência da PF, requereu novas diligências e apreensões de documentos, mas pediu ao STJ que decrete segredo de Justiça daqui por diante nas investigações, para não alertar os alvos. Com a análise das provas que estão sendo periciadas no Instituto Nacional de Criminalística (INC), a polícia e o Ministério Público começaram a fechar o cerco sobre os en­­­volvidos. Cópia do relatório foi en­­­caminhada ao Ministério Público.

Com 98 páginas e 34 apensos, o relatório detalha o esquema, que estaria em funcionamento, de forma continuada, desde os dois mandatos do governo anterior, de Joa­­­quim Roriz (1998-2006). A reportagem apurou que, no entender da PF, são robustas as provas de corrupção, desvio de dinheiro público, fraude em licitações, crimes fis­­cais, improbidade administrativa e formação de quadrilha contra os envolvidos.

Tudo está fartamente documentado com fitas de vídeos entregues pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, que se tornou réu colaborador em troca de benefícios penais. Após acertar a delação premiada com a PF, em troca de redução de pena em condenações sofridas no governo Joaquim Roriz (PSC), Bar­­bosa concordou em realizar escutas para provar o suposto pagamento de propina para deputados do DF.

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