A Polícia Federal esteve em pelo menos dois endereços, uma empresa e um edifício residencial, ligados ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. A sexta etapa da Operação Lava Jato foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (22) na tentativa de colher novos documentos e depoimentos de empresários ligados ao ex-diretor. Costa está preso desde junho e é réu em dois processos, acusado de integrar um esquema de desvios e contratos fraudulentos que movimentou R$ 10 bilhões.
Por volta das 6h30, uma viatura da Polícia Federal chegou em cada um dos endereços, ambos na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Um deles é o condomínio Costa do Sol, com apartamentos de alto padrão de frente para a praia. No local, mora um sócio do genro de Paulo Roberto Costa.
A identidade do sócio não foi revelada. O objetivo era conduzi-lo à delegacia para prestar depoimento, mas segundo funcionários do prédio, ele estaria viajando aos Estados Unidos. A PF deixou o local por volta das 10h.
Os dois genros e as filhas de Paulo Roberto Costa, Ariana Azevedo Costa Bachmann, Humberto Sampaio de Mesquita, Marcio Lewkowicz e Shanni Azevedo Costa Bachmann, também são réus em um processo, acusados de destruir documentos que seriam coletados pela PF, em março.
Também no início da manhã, a PF esteve na sede da empresa Costa Global, uma consultoria do setor óleo e gás registrada em nome de Paulo Roberto Costa. A empresa desenvolvia projetos para construção de refinarias privadas e já tinha iniciado acordo para instalação de uma unidade em Sergipe.
Quando era diretor de Abastecimento da Petrobras, Costa também era responsável pelo segmento de refinarias, incluindo Abreu e Lima (Rnest), investigada pela PF com suspeita de fraudes em contratos. A obra estava orçada em US$ 2,5 bilhões, mas já custa mais de US$ 20 bilhões.
O escritório da empresa fica em um edifício corporativo de alto padrão também na zona oeste, na região conhecida como Península. Funcionários do edifício relataram que a viatura da Polícia Federal chegou antes das 7h e ficou no local por cerca de três horas. Eles não souberam confirmar se a PF levou documentos e computadores do local.
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