Equipes dos delegados da Polícia Federal Rômulo Berredo e William Morad, responsáveis pelo inquérito sobre o suposto grampeamento de telefones do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, fizeram ontem buscas em escritórios das operadoras de telefonia Vivo e Brasil Telecom (BrT). A PF está investigando se há envolvimento de funcionários das operadoras em gravações clandestinas de conversas de Gilmar Mendes.

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Os autos do inquérito estão em poder dos procuradores Gustavo Veloso e Lívia Tinoco. Mas, ainda assim, Berredo e Morad decidiram pedir a Justiça Federal autorização para apreender material nas empresas que prestam serviços de telefonia ao STF. Os telefones celulares funcionais do STF são fornecidos pela Vivo. A rede de telefonia fixa é de responsabilidade da Brasil Telecom. A PF decidiu abrir inquérito sobre o suposto grampo depois da divulgação de trechos de um diálogo de Gilmar com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Até o início desta semana, a PF estava reticente sobre os possíveis resultados do inquérito. Em depoimento à CPI dos Grampos, na Câmara, o diretor de Inteligência da PF, Daniel Lorenz, chegou a dizer que seria difícil descobrir os autores do grampo. Até o momento, não apareceu o áudio da conversa. Para ele, o mais provável é que Berredo e Morad apontassem a possível origem dos grampos a partir de exclusão de algumas hipóteses levantadas no início das investigações. Mas a simples indicação não significaria o esclarecimento definitivo do caso.

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