Seis acusados de fraudes em concessões de transporte são presos no Paraná

Foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em quatro cidades - três pessoas foram detidas em Londrina, uma em Cambará (Norte), uma em Curitiba e uma em Maringá (Noroeste)

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A polícia federal fez nesta terça-feira (13) a operação Veredas, para desmontar um esquema de fraudes em concessões de linhas de transportes. A operação foi realizada em São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Seis pessoas foram presas no Paraná - três em Londrina, uma em Cambará (Norte do Paraná), uma em Curitiba e outra em Maringá (Noroeste do Paraná).

Trinta e quatro pessoas foram detidas durante a ação da PF - dez são policiais rodoviários federais e sete são fiscais de agências reguladoras. Destes, quatro são da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e três do Departamento de Transportes e Terminais do Estado de Santa Catarina (Deter).

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A operação mobiliza 400 policiais em quatro estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Dos 35 mandados de prisão temporária, apenas um não havia sido cumprido até as 13h. Além dos policiais e dos fiscais, foram presos três empresários e 14 intermediários do esquema.

A quadrilha é acusada de crimes como corrupção, tráfico de influência, extorsão, peculato (quando um funcionário público se apropria de algum bem por força do cargo), excesso de exação (cobrança indevida de impostos) e tráfico de drogas e armas.

"Esta operação foi desdobramento da Operação Oeste, que se iniciou há dois anos", explicou o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Jaber Saadi. De acordo com o superintendente, a Operação Oeste investigava o desvio de apreensões feitas nas estradas. "Nos aprofundamos na apuração e constatamos que havia um esquema para favorecer determinadas empresas em detrimento de outras", disse. Saadi não informou, no entanto, o nomes das empresas envolvidas e apenas disse que são grandes.

Como agiam

No esquema, segundo a PF, uma empresa concorrente pagava aos órgãos fiscalizadores, que "plantavam" drogas e armas nos ônibus da rival para que o veículo fosse apreendido. Outra forma de ação era através da indicação de rivais que trafegavam em áreas para as quais não tinham permissão. Os fiscais integrantes do esquema multavam essas empresas e transferiam seus passageiros às outras, também participantes do esquema, que tinham concessão para aquele trecho.

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Dos 34 mandados, 23 foram cumpridos em Marília, a 444 km de São Paulo. De acordo com Saadi, os presos devem ser encaminhados à Superintendência da PF, na Lapa, Zona Oeste da capital ainda nesta terça-feira.