A Polícia Federal (PF) de Alagoas concluiu nesta terça-feira (30) o inquérito da Operação Taturana e indiciou 110 pessoas e pediu o confisco dos bens dos suspeitos no desvio de mais de R$ 300 milhões dos cofres da Assembléia Legislativa do Estado. Entre os indiciados estão 15 deputados estaduais, 11 ex-deputados e dois prefeitos que concorrem à reeleição: Fábio Jatobá (PTB), na cidade de Roteiro, e Cícero Almeida (PP), em Maceió.

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O relatório final da Operação Taturana foi apresentado à imprensa pelo superintendente da corporação em Alagoas, José Pinto de Luna, e o delegado federal Janderlyer Gomes, que comandou as investigações e presidiu o inquérito. Segundo Janderlyer, o relatório final e as demais peças do inquérito serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que há autoridades com foro privilegiado entre os indiciados

O delegado afirmou ainda que pediu o seqüestro dos bens dos suspeitos. Estão incluídos 35 fazendas - sendo 27 em Alagoas, cinco em Pernambuco e três na Bahia -, 15 casas de luxo e 14 apartamentos em alguns dos melhores bairros de Maceió, além de veículos e lanchas. Para o delegado, a PF fez a sua parte, reuniu provas, apontou os crimes e seus autores. "Agora é com a Justiça, com o STJ.

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De acordo com a PF, a organização criminosa era comandada pelo ex-presidente da Casa, Antônio Albuquerque (sem partido), que foi deposto do cargo e afastado do mandato depois de indiciado no golpe. Além dele, praticamente todos os integrantes da Mesa Diretora da Assembléia alagoana foram acusados de participação. Dos 15 deputados indiciados, onze estão afastados e um perdeu o mandato (Antônio Hollanda Júnior), acusado de compra de voto.

Outros suspeitos

Há ainda o envolvimento de empresários, que "lavaram" os recursos desviados e uma rede de prepostos, assessores, servidores "laranjas" e funcionários "fantasmas" que recebiam depósitos ou movimentavam valores roubados. O empresário conhecido como Marcelinho Cabeção aparece nas investigações como o principal operador dos recursos desviados.

Também foram indiciados o conselheiro do Tribunal de Contas Cícero Amélio, três secretários municipais, cinco candidatos a vereador e a prefeito nas eleições deste ano em Alagoas, seis bancários, 30 funcionários da Assembléia Legislativa e dez parentes de políticos.

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