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O presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o ex-deputado federal Roberto Jefferson, foi indiciado por formação de quadrilha no inquérito que apura irregularidades na empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Foi o próprio Jefferson quem anunciou o indiciamento, logo após o depoimento que prestou à Polícia Federal nesta quarta-feira (21). A PF acusa o ex-parlamentar de comandar o loteamento da diretoria de administração da estatal para desviar recursos para o partido.

'Agente partidário'

Às 14h30, pouco antes de começar o depoimento, Jefferson atacou a PF e colocou em dúvida a isenção da investigação. "Pelo que vi, ele [o delegado] não está cumprindo um papel de agente de estado, mas de agente partidário, agente político, em favor do governo. O delegado faz um triste papel", afirmou, citando o delegado Daniel França, que comanda as investigações.

O ex-deputado defendeu o PTB e também criticou o procurador do caso, Bruno Accioly. "Meu partido não fez nenhum negócio nos Correios, mas eu sei que é pressão do boboca do procurador Bruno Accioly, que invadiu a casa da minha filha enquanto eu prestava depoimento no Conselho de Ética. É um garoto bobo do PT."

O delegado ainda não se pronunciou sobre as declarações de Roberto Jefferson. O G1 ainda não conseguiu localizar Accioly.

'Marketing policial'

Conforme o G1 antecipou, a PF usou como base para o indiciamento trechos do livro "Nervos de Aço", lançado por Jefferson no ano passado. O ex-deputado criticou a decisão da PF em usar trechos de sua obra.

"É um absurdo. Pelo que li nos jornais, ele disse que me indicia pelo que escrevi no livro. O indiciamento já é uma coisa anunciada. O delegado vem fazendo marketing há dois meses e deve me indiciar. É um marketing policial", criticou.

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