A Polícia Federal (PF) indiciou o marqueteiro João Santana, a mulher dele, Mônica Moura, e outras seis pessoas na Operação Lava Jato. Em um relatório parcial da investigação, entregue na noite de terça-feira (22) à Justiça Federal, a PF atribuiu ao casal de publicitários os crimes de lavagem de dinheiro, manutenção de dinheiro no exterior não declarado, corrupção passiva e organização criminosa. O casal João Santana e Mônica Moura está preso desde o dia 23 de fevereiro, na Superintendência da PF, em Curitiba. Santana foi o marqueteiro das campanhas presidenciais de Lula em 2006 e de Dilma em 2010 e 2014.
Também foram indiciados Zwi, Bruno e Eloisa Skornici, que teriam atuado como operadores, ajudando o casal Santana a ocultar dinheiro no exterior, além dos ex-funcionários da Petrobras Renato Duque, Pedro Barusco e Armando Tripodi. Os sete são investigados no inquérito da 23.ª fase da Operação Lava Jato.
O Ministério Público Federal (MPF) analisará o indiciamento e decidirá se oferece ou não a denúncia. Se houver denúncia, será encaminhada ao juiz federal Sergio Moro.
Acusação
João Santana é suspeito de receber US$ 7,5 milhões em contas no exterior entre 2012 e 2014. Os valores teriam sido pagos pela offshore Klienfeld, identificada pela força-tarefa da Operação Lava-Jato como um dos caminhos de propina da Odebrecht no exterior, e pelo engenheiro Zwi Skornicki, suspeito de operar o esquema de propina na Petrobras. A suspeita é de que os pagamentos correspondem a serviços eleitorais prestados ao PT.
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