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A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) e a deputada Celcita Pinheiro (PFL-MT), acusados de se beneficiar da Máfia das Sanguessugas, que desviava recursos destinados à compra de ambulâncias. Como adiantou o jornalista Ricardo Noblat em seu blog , os dois foram indiciados por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Até agora, a Polícia Federal indiciou 16 parlamentares envolvidos no escândalo. Além de Suassuna e Celcita, foram indiciados os deputados Jonival Lucas (PTB-BA), Reginaldo Germano (PP-BA), Neuton Lima (PTB-SP), João Grandão (PT-MS), Cesar Bandeira (sem partido-MA), Almeida de Jesus (PL-CE), João Correia (PMDB-AC), Junior Betão (PL-AC), Edna Macedo (PTB-SP), Amauri Gasques (PL-SP), Tetê Bezerra (PMDB-MT), Vanderlei Assis (PP-SP), Paulo Feijó (PSDB-RJ) e Nilton Capixaba (PTB-RO). Tetê Bezerra chegou a ser inocentada pela CPI dos Sanguessugas, mas continuou respondendo a inquérito na PF.

Os 16 inquéritos policiais, que atualmente tramitam no Supremo Tribunal Federal, devem ser enviados à Justiça Federal de primeiro grau, porque nenhum dos parlamentares indiciados foi reeleito. O processo judicial pode ser a única oportunidade para que o envolvimento desses parlamentares seja devidamente esclarecido já que, como não foram reeleitos, seus processos no Conselho de Ética da Câmara serão arquivados na semana que vem, com o final da Legislatura. Portanto, nunca serão julgados pelo plenário da Câmara.

A única exceção é o caso de Suassuna, que foi absolvido pelo Conselho de Ética do Senado, num julgamento político, e agora pode ser condenado pela Justiça Federal, já que foi indiciado pela Polícia Federal. No Supremo, tramitam atualmente 84 inquéritos contra congressistas. Em seu relatório parcial, a CPI dos Sanguessugas pediu abertura de processo de cassação contra 72 parlamentares.

Ex-assessora denunciou 171

As apurações das denúncias contra parlamentares acusados de cobrar propina para apresentar emendas ao Orçamento de interesse de empresários que vendiam ambulâncias e equipamentos hospitalares superfaturados começaram em maio. A Operação Sanguessuga desvendou o esquema. A ex-assessora especial do Ministério da Saúde Maria da Penha, uma das integrantes da quadrilha, acusou o envolvimento de 171 parlamentares com as fraudes. Na operação, foram presas 48 pessoas, entre ex-deputados, assessores parlamentares, empresários, comerciantes e funcionários públicos.

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