A Polícia Federal pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) o indiciamento do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
Segundo a PF, os elementos probatórios indicam que Raupp recebeu R$ 500 mil de propina do esquema da Operação Lava Jato, que foi disfarçada por meio de doações eleitorais em 2010.
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O indiciamento foi requerido pela delegada Graziela da Costa e Silva e será analisado pelo ministro do Supremo Teori Zavascki.
O peemedebista foi acusado por três delatores: Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras), Alberto Youssef (doleiro) e Fernando Soares, o Baiano, apontado como operador do PMDB.
Ele apontaram, segundo a PF, que a doação de R$ 500 mil tinha relação com a Lava Jato, foi realizada pela Queiroz Galvão e Vital Engenharia Ambiental sendo realizadas pelo Diretório Regional do PMDB de Rondônia, tendo como destino Raupp.
Ao STF, a delegada afirmou que não resta dúvida de que a doação ora sob investigação foi direcionada ao senador Valdir Raupp e que ele se utilizava de assessores e pessoas muito próximas para manejar os recursos, como seu cunhado e ex-assessor.
A PF sustentou que os registros na agenda de Paulo Roberto, os e-mails trocados entre Youssef e Othon Zanoide e a efetiva doação de R$ 500 mil pela Queiroz Galvão ao Diretório Regional do PMDB/RO “demonstram os primeiros elementos indicativos da materialidade dos crimes”.
Foram analisados ainda passagens aéreas, vínculos societários e familiares, cruzamento de extratos telefônicos dos envolvidos.
O indiciamento é um ato formal em que a autoridade declara que existem indícios suficientes de ocorrência de crime.
A Procuradoria-Geral da República e os advogados da Lava Jato questionam os indiciamentos promovidos pela PF.
A Procuradoria diz que o ato fere entendimento do Supremo que proibiu a PF, em 2007, de fazer, por conta própria, o indiciamento de autoridades com foro privilegiado, como presidente da República, ministros de Estado, senadores e deputados.
Raupp nega ligação com o esquema de corrupção e diz que suas doações foram legais e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Os advogados do senador pediram que o Supremo anule o indiciamento.
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