Trecho da transposição do Rio São Francisco: mais uma obra com suspeita de superfaturamento e desvios.| Foto: Guilherme Rosa / PR

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11) a O peração Vidas Secas-Sinhá Vitória para investigar suspeitas de desvio de R$ 200 milhões e superfaturamento em dois lotes das obras da transposição do São Francisco por meio das empresas do doleiro Alberto Youssef e do lobista Adir Assad, ambos presos na Operação Lava Jato e condenados por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

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INVESTIGAÇÃO: Saiba tudo sobre a Operação Lava Jato

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Os desvios teriam ocorrido em 2 dos 14 lotes da transposição. De acordo com os investigadores, empresários de um consórcio responsável pelas obras com superfaturamento utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões no trecho que vai do agreste pernambucano até a Paraíba. Os contratos investigados, até o momento, são de R$ 680 milhões. Eles poderão responder pelos crimes de associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro.

Cerca de 150 policiais federais cumprem na manhã desta sexta 32 mandados, sendo 24 de busca e apreensão, quatro de condução coercitiva e quatro de prisão nos estados de Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e em Brasília.

Diretores de empreiteiras são presos por desvios na transposição do São Francisco

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As investigações apontam que empresários do consórcio formado por OAS, Galvão, Barbosa Melo e Coesa Engenharia utilizaram empresas de fachada, dentre elas as de Youssef e Assad, para desviar recursos que deveriam ser destinados à transposição, uma das maiores obras executadas pelo governo federal.

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Segundo a Polícia Federal, os desvios teriam ocorrido no trecho da obra que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba.

Referência

A operação chama-se Operação Vidas Secas-Sinhá Vitória, em referência a uma personagem do livro de Graciliano Ramos.