O ministro Tarso Genro (Justiça) não descartou ontem, no Rio, a hipótese de que agentes da Polícia Federal tenham grampeado por iniciativa própria conversas telefônicas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Tarso informou que a denúncia feita pelo presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, está sendo apurada pela instituição.
"A Polícia Federal está investigando isso. Esses grampos podem ter ocorridos. Se forem confirmadas estas informações, provavelmente (os grampos) terão sido feitos por indivíduos fora do Estado. A Polícia Federal não fez nenhum grampo ilegal contra nenhum ministro ou nenhuma autoridade. Não é do seu hábito", disse Tarso.
O ministro também considera a possibilidade de desvios de conduta de agentes federais. "Aí é um marginal infiltrado dentro da polícia, que até agora não localizamos. Não é a instituição. Assim como tem desvio de conduta de magistrado, promotor, médico, advogado, pode ter de policial federal. Mas a PF, como instituição, jamais vai fazer este tipo de procedimento", disse. Ao comentar o projeto de lei que endurece a punição aos vazamentos de escutas clandestinas, Tarso afirmou que não haverá punição contra a imprensa pela divulgação dos dados, mas aos agentes do Estado responsáveis por repassar informações sigilosas.
"O projeto de lei que enviamos à Câmara não tem nada a ver com o direito dos jornalistas de divulgarem uma informação mesmo que obtida de maneira irregular. Vocês estão cumprindo o dever de informar. Mas aquele que rouba informação do Estado ou faz grampo ilegal tem que ser severamente punido", disse.
Acordos com governo e oposição dão favoritismo a Alcolumbre e Motta nas eleições no Congresso
Rússia burla sanções ao petróleo com venda de diesel e Brasil se torna 2º maior cliente
As prioridades para os novos presidentes da Câmara e do Senado
A classe média que Marilena Chauí não odeia: visitamos a Casa Marx, em São Paulo
Deixe sua opinião