A Polícia Federal negou nesta terça-feira em São Paulo e em Cuiabá que tenha maltratado o petista e ex-policial federal Gedimar Passos durante o período em que ficou preso nas duas capitais.

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No depoimento à CPI dos Sanguessugas, Gedimar disse que ao ser preso, no hotel Ibis, em São Paulo, foi "coagido" para dar o nome do petista Freud Godoy, ex-assessor do presidente Lula, enquanto que em Cuiabá, onde ficou ficou preso para prestar depoimento, teria sofrido maus-tratos por parte do delegado que tomou seu depoimento no inquérito que apura a compra do dossiê contra tucanos.

— Não é crível que alguém com o perfil de advogado e ex-policial federal possa ter submetido à coação psicóligica para revelar o nome de uma pessoa que supostamente estaria envolvida na compra do dossiê — disse, em comunicado, a Polícia Federal de São Paulo.

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Já o delegado federal Diógenes Curado Filho, da PF de Cuiabá, que ouviu o depoimento de Gedimar Passos no dia 19 de setembro na superintendência da PF em Cuiabá, ficou extremamente irritado ao ser questionado a respeito das acusações do petista, que disse ter sofrido maus-tratos quando esteve preso em Cuiabá. Gedimar disse à CPI dos Sanguessugas que quando ficou preso em Cuiabá ficou 13h "em uma cela castigo com água até a canela".

— Não vou comentar isto. Se ele tem esta acusação, por que não colocou no papel? Por favor, não me ligue para tratar deste assunto — disse Curado Filho antes de desligar o telefone.

O delegado Sebastião Pereira, que à época da prisão era o diretor da superintendência em Mato Grosso, considerou "hilária" a declaração de Gedimar.

— Isso beira o ridículo. Não existe nenhuma possibilidade de que tenha havido qualquer tipo de tratamento desumano nesta superintendência — afirmou Pereira.

O delegado acredita que Gedimar Passos esteja querendo "pegar carona" nas críticas que tem sido feitas à Polícia Federal sobre a ocorrência de supostos abusos em operações.

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— O que ele tem de dizer é de onde veio o dinheiro do dossiê — insistiu Pereira.