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Quase nove meses após o roubo milionário ao prédio do Banco Central de Fortaleza, a Polícia Federal ouve nesta terça-feira funcionários da instituição. Ao todo são 29 pessoas entre concursados e terceirizados. A PF investiga se a quadrilha que levou R$164,7 milhões da caixa-forte numa operação minuciosa que ocorreu entre os dias 5 e 6 de agosto do ano passado, teve ajuda de algum funcionário.

Segundo o delegado que preside o inquérito, Paulo Sidney, não há suspeitos por enquanto. A sindicância interna realizada pelo próprio banco no ano passado não concluiu se houve a participação de funcionários. Mas a suspeita, presente desde o início da investigação, ficou mais forte no relatório feito por peritos da PF enviados de Brasília, que consideraram impossível que o roubo pudesse ter ocorrido sem a ajuda de gente de dentro do banco.

Várias evidências apontam para isso. O sistema de alarme do caixa forte não disparou. As câmaras de vigilância não registraram uma única imagem do roubo. Uma empilhadeira, usada para transportar grandes volumes de dinheiro no interior do cofre, estava posicionada bem em frente a uma das câmaras que focalizava o local por onde o bando entrou.

Onze pessoas estão presas acusadas de envolvimento. Dois aguardam o julgamento em liberdade. O homem apontado como sendo o cabeça da quadrilha, o cearense Antônio Jussivan Alves dos Santos, conhecido como Alemão, continua foragido.

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