A Polícia Federal intimará para depor, esta semana, os sete advogados mineiros que defendem os empresários presos durante a Operação Diamante Negro. Eles terão que prestar esclarecimentos sobre a falsificação da assinatura do ministro vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Peçanha Martins, em um habeas-corpus que liberou três dos 17 acusados.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já notificou os advogados dos empresários, que terão 15 dias para apresentar a defesa. A Ordem admite até a cassação do registro dos suspeitos, se for confirmada a participação deles na fraude.
Os três empresários ligados à máfia do carvão que foram soltos graças a um habeas corpus falso entregaram-se neste sábado à polícia.
Neste domingo, a PF ouviu o casal Emílio e Maria Elizabete Jardim e o filho deles, Marcos Vinícios Jardim, presos sob a acusação de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha durante a operação e liberados por meio de um falso habeas-corpus. Os três se apresentaram sábado, acompanhados dos respectivos advogados, à polícia de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Pai e filho estão presos no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp). A mulher está na carceragem da décima sexta delegacia distrital. O teor dos depoimentos não foi divulgado.
Os três empresários, que são sócios de duas siderúrgicas no interior de Minas, foram presos em dezembro do ano passado acusados de vários crimes, como sonegação fiscal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
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