A Polícia Federal pediu ao presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, cópia de todos os contratos e aditivos de navios-sonda afretados ou de titularidade da estatal petrolífera junto ao Golfo do México desde 2007. O requerimento, número 3220/2015, do dia 4 de junho, foi feito no âmbito de um inquérito específico sobre sondas da Petrobras.
A investigação é conduzida pelo delegado Eduardo Mauat da Silva, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato.
A Petrobras é reconhecida pela Justiça Federal como vítima do cartel de empreiteiras que se apossou de contratos bilionários da estatal, nas Diretorias de Serviços, controlada pelo PT; Internacional, do PMDB; e Abastecimento, do PP.
A contratação de navios-sonda para águas profundas no Golfo e na África é o ponto central da principal acusação que pesa contra o ex-diretor de Internacional da estatal, Nestor Cerveró, preso desde janeiro de 2015 sob suspeita de ter recebido naquele negócio propinas de US$ 30 milhões, juntamente com o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano. Apontado como operador do PMDB na Petrobras, Fernando Baiano também está preso em Curitiba, base da Lava Jato.
Há duas semanas, Cerveró foi condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro na compra de apartamento avaliado em R$ 7,5 milhões em Ipanema, Rio. No ofício endereçado a Bendine, a PF faz algumas indagações.
“Quais navios operaram ou atualmente estão operando neste local [Golfo do México]?”
“Como é feita a medição/controle do serviço prestado por cada embarcação? Como é feito o controle do deslocamento das mesmas?”
“Como é calculado o valor do afretamento? O que já foi pago até a presente data por conta de cada embarcação [discriminar mês a mês].”
“Quem são os responsáveis pelo controle e cálculo do valor a ser pago aos titulares das embarcações?”
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