A Polícia Federal requereu na segunda-feira (13) à Justiça prorrogação da prisão temporária - por mais 5 dias - do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, suposto articulador de esquema de corrupção e espionagem. A PF está certa de que Valério é o líder da organização criminosa que a Operação Avalanche desmantelou - culminando com a prisão de 17 suspeitos, entre eles o operador do mensalão. Valério foi capturado sexta-feira por ordem da juíza Paula Mantovani. O prazo para a custódia vence hoje. O plano da PF para Valério é mais implacável: após análise de documentos e HDs sua prisão preventiva deverá ser solicitada

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A PF não se manifestou sobre sua estratégia, mas também pediu renovação da temporária de Rogério Tolentino, sócio de Valério, e dos advogados Ildeu Pereira e Eloá Veloso, apontados como elos da trama de inquérito forjado contra fiscais da Fazenda estadual que autuaram em R$ 104 milhões a Cervejaria Petrópolis - cujo proprietário, Walter Faria, é amigo de Valério.

Na casa de Eloá, em Belo Horizonte, os federais apreenderam R$ 700 mil em uma sacola no fundo falso de um armário de roupas. "É inquestionável que estamos frente a verdadeira organização criminosa. É certo que a ordem pública se vê ameaçada, uma vez que o Estado e a sociedade vêm sendo lesados diuturnamente por estes criminosos que fazem do ilícito seu modo de vida", assevera relatório de 300 páginas que a PF enviou à Justiça, ontem acessado por advogados

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Valério foi monitorado três meses. Seus telefonemas interceptados e seus movimentos seguidos e filmados. Ao pedir sua prisão, a PF destacou pelo menos seis grampos, diálogos dele com Ildeu. "Os diálogos demonstram que a cadeia de comando, no que se refere à ordem de pagamento, partiu diretamente de Valério e Tolentino. É notória a capacidade de comando de Valério." Os acusados negam a prática de crimes.