PF pede renovação da prisão temporária de marqueteiro de Dilma e Lula

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A Polícia Federal pediu nesta sexta-feira (26) a prorrogação por mais cinco dias da prisão temporária do marqueteiro do PT João Santana e da mulher, Mônica Moura. Os investigadores anexaram uma troca de e-mails entre funcionários da construtora Odebrecht onde eles combinam a distribuição de “acarajé”.

De acordo com a PF, as explicações dadas pelo casal de que os recursos recebidos da Odebrecht e do operador de propina Zwi Skornicki são relativos a campanhas no exterior são insuficientes e carecem de indícios. Os publicitários afirmam que seis das nove campanhas presidenciais que comandaram foram fora do país e que todos os recursos recebidos no Brasil foram declarados à Justiça.

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“A defesa reduz os inúmeros indícios expostos nos presentes autos a meras especulações, mas até o presente momento nada apresentou que possa fazer prova em contrário”, diz a PF no relatório que pediu a prisão.

Os investigadores também pediram a renovação das prisões de Maria Lucia Guimarães Tavares funcionária da Odebrecht responsável pela confecção de um planilha encontrada pela PJ que listam uma suposta lista de vantagens indevidas pagas pela empreiteira.

A planilha foi encontrada no e-mail de Fernando Migliaccio, investigado por conta de sua atuação no gerenciamento de contas controladas pela Odebrecht no Exterior. Em meio às siglas e descrições cifradas constantes no documento, havia menção ao codinome “Feira” na lista de pagamentos realizados. A utilização do codinome “Feira” já havia sido encontrada no celular do ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht. Para PF, “Feira” é o marqueteiro petista João Santana.

A PF afirma que Maria Tavares era acionada pelo seu superior hierárquico, Hilberto Mascarenhas também investigado na 23ª fase da Lava Jato, para autorizar o pagamento de “acarajés” a pessoas indicadas por ele. Numa das trocas de e-mails interceptadas, Mascarenhas avisa a Roberto Ramos, também funcionário da empresa, que “seus acarajés chegaram quentinhos”.

Em depoimento à PF, Maria Lúcia afirma ela “sustentou versão pouco verossímil” de que seu chefe, Hilberto Mascarenhas, por vezes lhe pedia que providenciasse a entrega de porções de acarajés para endereço no Rio de Janeiro.

Os investigadores afirmam que ela em algum grau gerenciava a contabilidade paralela da Odebrecht, destinada ao pagamento de vantagens indevidas, mas também que Maria Lúcia tem pleno conhecimento do significado do codinome “Feira”, atribuído a João Santana.