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Fernando Pimentel, governador de MG: PF fez buscas em seu escritório político. | Manoel Marques/imprensa-MG
Fernando Pimentel, governador de MG: PF fez buscas em seu escritório político.| Foto: Manoel Marques/imprensa-MG

A Polícia Federal, que realiza a segunda fase da Operação Acrônimo e executa mandados em Brasília, Minas Gerais, São Paulo e Rio, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorização para realizar busca e apreensão na residência oficial do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

O pedido foi negado pelo tribunal, que também indeferiu solicitação para busca na sede do PT em Minas e no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (25) a segunda fase da operação Acrônimo. Não houve prisões até o momento.

Um dos locais em que houve busca e apreensão foi em um prédio em Belo Horizonte onde funcionava o escritório de Pimentel durante a campanha de 2014. A residência particular dele fica ao lado, mas a PF não esteve no imóvel.

Na semana passada, a PF solicitou ao STJ abertura de inquérito sobre o governador de Minas por suposto crime de “lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores”. A investigação faz parte dos desdobramentos da Operação Acrônimo. O tribunal ainda não se manifestou sobre se aceita ou não a abertura de inquérito.

Advogado de Pimentel, Antonio Carlos de Almeida Castro disse à reportagem que esteve no STJ pedindo a atualização do inquérito, mas não conseguiu. Ele disse que o governador se colocou à disposição para esclarecimentos e criticou os pedidos de busca.

“Estamos falando do governador de Minas Gerais, não de uma pessoa qualquer. Claro que a investigação tem que ser feita, mas tem que ter racionalidade nos pedidos. Tudo isso é muito grave. Judiciário foi prudente neste momento.”

Agência

Houve busca e apreensão na agência de comunicação Pepper, que executa a comunicação do PT nas redes sociais e é responsável pela página não oficial de Dilma Rousseff no Facebook – atuou, inclusive, para a campanha de reeleição da presidente, em 2010. Ainda não se sabe o que motivou essa busca.

A operação prendeu, há algumas semanas, Benedito Rodrigues, o Bené, empresário próximo ao governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). Bené foi solto logo em seguida.

A investigação sobre a atuação de Bené teve início em 2014, quando a PF apreendeu, a partir de uma denúncia anônima, mais de R$ 100 mil em uma aeronave onde viajava o empresário e outras pessoas. A aeronave foi apreendida depois de decolar de Belo Horizonte e pousar em Brasília. O caso ocorreu durante a campanha campanha eleitoral.

Bené é dono de empresas do setor gráfico e já firmou mais de R$ 500 milhões em contratos com órgãos federais entre 2005 e 2015, em especial os ministérios da Saúde, das Cidades e do Combate à Fome. Segundo a PF, há uma “confusão patrimonial” e indícios de lavagem de dinheiro com o uso de “laranjas”.

A PF também afirma ter encontrado documentos que trazem indícios de que Bené teria atuado no caixa dois da campanha do governador Fernando Pimentel, de Minas Gerais. Uma tabela impressa em duas páginas traz a inscrição “Campanha Pimentel”, segundo a PF.

As empresas vinculadas a Bené trabalharam na campanha de Pimentel, tendo sido remuneradas em R$ 3,2 milhões por meio do comitê financeiro estadual do PT.

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