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Atualizado em 12/05/2006 às 19h15

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira, 12 pessoas acusadas de envolvimento em fraudes em licitações em prefeituras da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Na operação, batizada de Cartas Marcadas, fiscais da Receita cumprem ainda 32 mandados de busca de apreensão, um deles no Rio de Janeiro. A quadrilha é acusada de desviar R$ 30 milhões nos últimos três anos. Na Paraíba, foram descobertos tentáculos da organização em pelo menos 54 prefeituras.

Entre os presos, está o empresário Deczon Farias da Cunha, apontado como chefe da quadrilha, e sua irmã, a empresária Dilvandira Farias da Cunha, que foi detida no Rio. Dilvandira é gerente da empresa Financial Factoring, em Niterói, onde agentes da PF cumprem o único mandado de busca e apreensão no estado do Rio. Ela foi presa em casa, na Rua Constante Ramos, em Copacabana, e será encaminhada ainda nesta sexta-feira para João Pessoa.

A operação, que conta com a participação da Receita Federal e da Secretaria da Receita Previdenciária, foi batizada de Cartas Marcadas porque as empresas participavam das concorrências sabendo de ante mão qual delas seria vencedora. O grupo criava empresas fictícias, em nome de laranjas, para simular concorrência em processos licitatórios.

As empresas envolvidas no esquema são dos ramos de construção civil, fornecimento de bens, serviços e fomento mercantil. Entre as identificadas até agora, estão: Globo Edificações Prediais; Arapuan Comércio; Construtora Globo; Rio Norte Construções; Construtora Rio Negro; Tirol Comércio Construção e Representação; Transamérica Construtores Associados; Rio Sul Comércio Construção e Representação; e Rio Sul Construção e Empreendimentos.

Este é o segundo grande escândalo, em uma semana, envolvendo fraude em licitações de prefeituras. Na semana passada, a Polícia Federal prendeu 48 pessoas na Operação Sanguessuga, acusadas de envolvimento no esquema de fraude na compra de ambulâncias.

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