Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam nesta segunda-feira 16 pessoas acusadas de integrar uma quadrilha de contrabando, tráfico internacional de drogas, armas e agrotóxicos, além de lavagem de dinheiro. Uma pessoa que teria envolvimento com o grupo foi detida em Maringá, na região Noroeste do Paraná.
Segundo a PF, Alexandre Patriarca foi preso em casa em Maringá e transferido, ainda pela manhã, para o estado do Mato Grosso do Sul, onde ficará preso na carceram da PF. A operação da PF, batizada como "Zaqueu" aconteceu ainda em outros quatro estados, além do Paraná: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.
Os chefes da quadrilha seriam, segundo a PF, dois irmãos da família Kadri - pelo menos seis pessoas desta família foram detidas. A PF não informou o envolvimento de Patriarca, detido no Paraná, com a quadrilha.
Dezoito mandados de prisão e outros 18 de busca e apreensão foram expedidos pela justiça. Duas pessoas estão foragidas - uma do município de Rondonópolis e a outra em Novo Mundo, ambos de Mato Grosso. Entre os 16 detidos, está um policial militar. "Estamos considerando ele como preso porque o advogado dele nos garantiu que o policial vai se apresentar", disse um agente da PF que preferiu não se identificar.
A quadrilha, pelo que a PF investigou, agia principalmente na região de Novo Mundo (MT) - região de fronteira entre Brasil e Paraguai - mas tinha ramificações nos outros quatro estados. Foi no município de Novo Mundo, que os agentes prenderam integrantes da família Kadri - dois irmãos, pai, mãe, sobrinha e dois irmãos.
A PF apreendeu, entre outras coisas, carros e motos de luxo, dinheiro, farta documentação e caminhões. A PF apurou que o grupo utiliza uma frota de vários caminhões, carros e motos de alto valor. Para lavagem de dinheiro, eram feitas compras e vendas de veículos leves e pesados, na maioria das transações colocados em nome de "laranjas".
A empresa de nome fantasia Sementes Carolina, com sede na cidade de Rondonópolis, no Mato Grosso, era a encarregada de comprar os produtos contrabandeados, especificamente agrotóxicos.
O nome da operação é uma alusão ao personagem bíblico Zaqueu, homem muito rico, coletor de impostos, mas cuja fortuna não tinha origem lícita. Ao todo, 100 agents da PF participaram da operação.
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Sem tempo e sem popularidade, governo Lula foca em ações visando as eleições de 2026
Deixe sua opinião