Vinte e sete pessoas foram presas, nesta segunda-feira, pela Polícia Federal (PF), durante a Operação Ouro Branco, nos municípios mineiros de Uberaba, no Triângulo Mineiro e Passos, no sul do país, para combater crimes contra a saúde pública cometidos por cooperativas suspeitas de adulterar leite.
Foram cumpridos 25 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal nas duas cidades.
A operação atinge as cooperativas Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) e dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Coopervale), acusadas de adicionar substâncias proibidas ao leite, fazendo com que ele fique impróprio para o consumo humano. A intenção dos produtores era aumentar a quantidade do leite e conservar o produto por mais tempo. Entre os presos na operação, estão os diretores das duas cooperativas. No total, 19 pessoas foram detidas em Uberaba e oito em Passos.
Entre os produtos químicos manipulados pelas duas cooperativas, os policiais encontram grandes quantidades de soda cáustica (hidróxido de sódio) e de água oxigenda (peróxido de hidrogênio).
A operação contou com a participação de 200 Policiais Federais e servidores do Ministério da Agricultura. As duas cooperativas foram parcialmente interditadas e toda a produção de leite longa vida foi apreendida.
A PF informou que foram cumpridos os mandados de prisão contra empregados e dirigentes das cooperativas, além de um funcionário do Ministério da Agricultura, responsável pela fiscalização do leite.
Equipes envolvidas na ação também recolhem amostras de leite longa vida integral em todo o país, pois, de acordo com as investigações da PF, o produto adulterado era repassado a empresas de vários estados do Brasil.
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