Porto Alegre (Folhapress) Pelo menos 33 pessoas foram presas ontem em uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil gaúcha, com apoio da Brigada Militar, que apura os crimes de latrocínio, tráfico internacional de armas, furto de explosivos e munições, roubo de cargas, corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e assaltos a residências, carros-fortes, bancos, casas comerciais.
A operação, que atuou em 16 municípios gaúchos, é chamada de "Serraluz". O narcotráfico foi a origem das investigações.
O objetivo era o cumprir 34 mandados de prisão e 54 de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal. Oito integrantes do grupo, que atuava desde o ano 2000, ainda estavam sendo procurados. Dos 33 presos, 25 eram dos mandados e oito flagrantes ocorridos durante o trabalho de campo.
Houve operação em 16 municípios: Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Alvorada, Gravataí, São Sebastião do Caí, Farroupilha, Bento Gonçalves, Caxias, Estrela, Lajeado, Uruguaiana, Quarai, Dom Pedrito, Faxinal Soturno e Taquara. Participaram 460 policiais federais, civis e militares.
A investigação foi iniciada em outubro de 2004. No dia 26 de junho, em Lages (SC), foi preso Paulo Sérgio de Oliveira Barros, o "Careca". Tratou-se de flagrante: ele tentava receptar cocaína vinda do Paraguai para ser revendida em Porto Alegre. Com "Careca, foram presos João de Farias, o "Apucarana, e Aparecido Antônio Pinto, conhecido como "Cido".
Ontem foi detido o suspeito considerado como o coordenador do grupo, Jair Oliveira, o "Cabeludo".
De acordo com a polícia, ele revendia carros em Novo Hamburgo para lavar dinheiro proveniente do narcotráfico. A reportagem não conseguiu contato com eles ou com seus advogados.
A quadrilha, estruturada, tinha integrantes responsáveis por uma série de delitos com o objetivo de angariar fundos para serem investidos no tráfico internacional de entorpecentes e tráfico de drogas nas regiões serrana, metropolitana de Porto Alegre e na fronteira.