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A Polícia Federal anunciou nesta quarta-feira a prisão em Fortaleza de cinco homens acusados de participar do assalto em que R$ 164,7 milhões foram roubados do Banco Central em Fortaleza, no início de agosto. Os acusados foram presos numa casa na capital cearense, depois de uma longa investigação. Com eles, a PF apreendeu grande quantidade das cédulas roubadas. O dinheiro, R$ 12,3 milhões, estava num buraco dentro da casa, que ficava numa vizinhança de classe média.

O roubo de dinheiro do cofre do BC foi o maior da História do Brasil. A quadrilha invadiu o cofre perfurando um buraco no solo, fim da linha de um túnel de 80 metros de extensão, que em alguns pontos tinha quatro metros de profundidade. O circuito interno de televisão não gravou imagens. O montante roubado pesava em torno de 3.500 quilos.

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que a quadrilha tinha um "braço de apoio na instituição". Alguém de dentro teria fornecido a planta do caixa-forte e dado informações sobre a inexistência de sensores de impacto no piso.

O MPF denunciou seis pessoas acusadas por furto qualificado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, e afirma, num relatório encaminhado à Justiça federal, que parte do dinheiro saiu da cidade em sacos de cereais despachados num vôo comercial para São Paulo. De acordo com a denúncia, o bando tentou fugir fretando um avião de pequeno porte com destino à capital paulista.

No dia 2 de agosto, três dias antes do roubo, os empresários José Elizomarte Fernandes Vieira e José Charles Machado Morais estiveram no Aeroporto Internacional Pinto Martins acompanhados do assaltante Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, e de Paulo Sérgio de Souza, nome falso de um dos integrantes da quadrilha. Eles tentaram fretar o avião para conduzir oito pessoas, mas não havia disponibilidade.

Sem o avião, segundo relatório, o bando traçou um arriscado plano de fuga. Foi o depoimento de três taxistas que levaram parte da quadrilha para o aeroporto no dia 6 de agosto, após o roubo, que revelou como parte do dinheiro roubado foi embarcada. Eles teriam dito que uma camionete Chevrolet Silverado, onde estaria a maior parte do dinheiro, seguiu os táxis até o terminal do aeroporto.

Além dos empresários José Elizomarte, Francisco Dermival e José Charles, que estão presos na Polícia Federal, o MPF denunciou à Justiça Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão; Marcos Rogério Machado de Morais, irmão de Charles, identificado como chefe de uma quadrilha do Morro dos Macacos, no Rio, e Tadeu de Souza Matos.

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