Foi presa na manhã de sábado em Bauru, no interior do estado, Mirian Law, a mulher de Law Kin Chong, o maior contrabandista do país. Miriam, que estava com um filho do casal e um segurança, foi detida em um hotel, às 8h30m, e depois levada para a carceragem da Polícia Federal, na capital. Segundo os delegados que acompanharam a operação, Mirian ficou muito indignada com a prisão. Algemada, ela chorou bastante no caminho para a capital.
Mirian se preparava para visitar o marido, que cumpre pena por corrupção no Instituto Penal Agrícola de Bauru, a 350 quilômetros da capital. Desde a sexta-feira, mais de 30 agentes e delegados federais estavam à procuram dela. A polícia investiga as atividades de Mirian há mais de um ano. Ela é acusada de dar continuidade aos negócios do marido e até mesmo de ampliar o mercado de produtos ilegais. Pesam contra ela os crimes de contrabando, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal.
A prisão preventiva de Mirian foi determinada pela Justiça Federal em São Paulo. O pedido partiu da Polícia Federal e da Procuradoria da República. Segundo as investigações, Mirian Law passou a comandar todos os negócios do marido, desde que ele foi preso, em junho do ano passado. Law é dono de dois andares na Galeria Pajé, famoso centro comercial de produtos contrabandeados. São deles também os três maiores shoppings populares da cidade, que abrigam lojas onde se vendem todos tipos de produtos do Paraguai, sem o pagamento de impostos.
Para a Polícia Federal, Mirian está por trás de uma rede de empresas de fachada constituídas para distribuir em São Paulo toneladas de produtos contrabandeados. Ela também foi denunciada à Justiça por adulteração de cosméticos. De acordo com as investigações, Mirian importava ilegalmente toneladas de produtos de beleza com prazo de validade vencido. Segundo a PF, em São Paulo, Mirian mudava os rótulos e os revendiam nos shoppings de contrabando e até mesmo em farmácias.
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