A Polícia Federal em Goiás prendeu na manhã nesta sexta-feira Adriano Aprígio de Souza, ex-cunhado do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, por ameaçar a procuradora da República Léa Batista de Souza. A PF cumpriu as ordens de prisão e de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal, a pedido do Ministério Público.

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Apontado pela polícia como laranja do contraventor, Adriano Aprígio enviou, segundo as investigações, dois e-mails apócrifos em tom ameaçador à procuradora que atuou na Operação Monte Carlo que desbaratou o esquema comandada por Carlinhos Cachoeira. O primeiro foi enviado em 13 de junho, dizendo que Léa Batista teria sido "dura" demais com o grupo de Cachoeira. A segunda ocorreu no dia 23, com palavras de baixo calão e ameaças a ela e à família dela.

Após a segunda ameaça, Léa passou a receber proteção policial. Ela já disse que não vai abandonar o caso, ao contrário do que decidiu o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela prisão de Cachoeira no final de fevereiro. A CPI aprovou na quinta-feira convite para que o juiz fale sobre as ameaças que sofreu.

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Ao rastrear o emissor das mensagens, a PF descobriu que as mensagens partiram de um computador cujo IP estava na casa de Adriano Aprígio. "Ameaças veladas ou ostensivas não nos farão retroceder. Tentativas de intimidação não adiantarão. Continuaremos firmes na defesa da sociedade", garatiram em nota os procuradores da República Daniel de Resende Salgado e Marcelo Ribeiro de Oliveira, que cuidaram do caso.

O ex-cunhado de Cachoeira, que já foi denunciado por envolvimento no esquema de jogos ilegais e corrupção descoberto pela Operação Monte Carlo, deve responder na Justiça a mais essa acusação.