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A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a Operação Licomedes para desarticular uma quadrilha acusada de fraudar a Previdência, em Minas Gerais, Amapá, Pará, São Paulo e Goiás. Até agora, 23 pessoas foram presas. Cerca de 50 foram indiciadas. De acordo com a PF, o rombo nos cofres públicos chega a cerca de R$ 5 milhões.

Ao todo, estão sendo cumpridos 33 mandados de prisão e 31 mandados de busca e apreensão. Entre os presos, 10 são do Amapá, nove do Pará, três de São Paulo e um de Minas Gerais, indentificado como Lavino Gonçalves, acusado de receber benefícios irregularmente. Em Belém, um dos presos é o engenheiro da Eletronorte Levy Chazaglia, de 58 anos. Os presos serão transferidos para a sede da Polícia Federal no Amapá, onde foi instaurado o inquérito. Eles deverão responder por formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e corrupção.

De acordo com a PF, a quadrilha agia desde 1996. Os acusados recebiam benefícios de pessoas mortas ou de "laranjas" vinculados a empresas inexistentes. funcionários do INSS participavam ativamente da fraude. Inseriam no sistema da Previdência informações falsas que permitiam o pagamento de benefícios a integrantes da quadrilha, a parentes e a amigos deles. O grupo que fraudava a Previdência agia com tanta tranqüilidade que chegou a receber benefícios em nome de pessoas que já haviam morrido.

- Essa fraude se dava ou pela criação de um vínculo empregatício na verdade inexistente com empresas que já estavam em inatividade ou que nem existiam - afirmou Uálame Machado, delegado da PF no Pará.

A operação foi realizada por uma força-tarefa, com a participação da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Previdência Social. Segundo a assessoria da PF, o nome Licomedes é uma analogia a um rei da mitologia grega conhecido por sua astúcia.

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