A Polícia Federal faz nesta quarta-feira uma operação para combater o tráfico internacional de travestis. Pela manhã, nove pessoas foram presas em Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.
Logo cedo os agentes da PF saíram para cumprir os mandados de prisão. Até agora três pessoas foram presas em São Paulo, uma em Florianópolis (SC) e cinco em Uberlândia (MG), onde ficavam os chefes da quadrilha. Um deles morava numa chácara com quatro piscinas. A polícia investiga se o imóvel foi comprado como dinheiro do crime.
Em outra casa havia mais de 10 homens, que segundo a polícia provavelmente se preparavam para viajar para a Europa. De São Paulo os travestis iam para Lugano, na Suíça; Amsterdã, na Holanda; ou Paris, na França. Depois, de carro, viajavam para Milão, na Itália, ou Zaragoza, na Espanha.
O esquema estava sendo investigado desde maio. A polícia calcula que só este ano 40 travestis foram para a Europa se prostituir. Cada um pagava até R$ 35 mil pela viagem e em troca tinham uma suposta garantia de três meses de aluguel, além de comida.
Escutas telefônicas gravadas com autorização da Justiça revelaram que os travestis eram mantidos presos em casas de prostituição e só conseguiam a liberdade depois de pagar muito mais do que a dívida que fizeram.
A operação da PF, em conjunto com as polícias espanhola e italiana, foi batizada de Caraxué, que significa pessoa que lucra com a prostituição.
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