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Atualizado em 21/07/06 às 13h10

A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira 17 mandados de prisão temporária e 45 de busca e apreensão contra suspeitos de crimes praticados contra a administração pública e da Justiça no estado. Foram presos oito policiais federais: dois ex-superintendentes da instituição - José Milton Rodrigues (foto acima) e Jairo Kulman (foto abaixo) - e mais quatro delegados, um agente e um escrivão. Foram detidos ainda sete advogados e dois empresários.

A casa e o gabinete do delegado Roberto Prel, ex-vice-superintendente no Rio e representante da Interpol (polícia internacional) no Brasil, foi vistoriada pelos agentes federais. Eles fizeram busca inclusive no escritório da Interpol no Rio. A PF informou, porém, que que só após análise dos documentos poderá saber se o delegado tem ou não envolvimento no escândalo.

Como funcionava o esquema

A assessoria de imprensa da Polícia Federal divulgou no fim da manhã alguns detalhes da operação. O esquema funcionava assim: policiais federais, alguns com cargos de chefia, recebiam promessas de vantagens financeiras para beneficiar acusados dos crimes financeiros na condução dos inquéritos. As investigações eram propositalmente falhas, as diligências atrasavam o processo, as apurações eram deficientes e pedidos de arquivamento eram feitos em favor de advogados e empresários. Segundo a PF, clientes do advogado Michel Assef estão entre os maiores beneficiados da rede de corrupção . O principal atuante era, ainda de acordo com a PF, o advogado Monclar Gama, que trabalha naquele escritório.

Das 6h da manhã até o início da tarde, mais de 150 policiais federais de outros estados, chefiados pelo delegado federal de Brasília Zulmar Pimentel, cumpriram os mandados expedidos pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, titular da 6ª Vara da Justiça Federal no Rio.

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