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A Polícia Federal vai prorrogar por mais 30 dias o inquérito que investiga tráfico de influência na Casa Civil. O prazo se encerra amanhã. A perícia ainda não concluiu a análise dos computadores usados por servidores do governo vinculados ao esquema. Entre os computadores periciados está o utilizado pela ex-ministra Ere­­­nice Guerra. Ela era secretária-executiva da Casa Civil que era comandada por Dilma Rousseff, quando seus filhos e assessores da pasta montaram uma empresa de lobby que negociava contratos com o poder público. A PF já ouviu mais de 30 pessoas no inquérito. Ninguém foi indiciado até agora.

Na semana passada, Ere­­nice confirmou à PF que recebeu na Casa Civil empresários de Campinas depois procurados pela empresa de lobby dos filhos dela com a proposta de intermediarem empréstimo no BNDES para viabilizar o negócio.

Depoimento

Os consultores João Batista Marques de Sousa e Adriano da Silva Costa, envolvidos na investigação sobre lobby dentro do governo federal, preferiram ficar em silêncio em depoimento prestado ontem à PF.

Os dois representam a Synergy, que seria mais uma empresa de consultoria ligada ao filho de Erenice Guer­­ra. Ao negociar com empresários da EDRB, companhia de energia solar, o esquema de lobby ofereceu a conta bancária da Synergy para re­­ceber os pagamentos para a consultoria. A negociação acabou fracassando.

Consultoria

O nome de Costa aparece ainda como representante da consultoria do filho de Erenice no contrato enviado aos empresários da EDRB, que deveriam pagar uma "taxa de sucesso" para viabilizar financiamentos do governo federal.

O silêncio de Costa e Sou­­sa repete a estratégia de outros investigados pela PF, que preferiram não colaborar no inquérito.

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