A Polícia Federal publicou em seus perfis das redes sociais um post com o distintivo da corporação cortado por uma tarja preta, na manha desta terça-feira (1º).
A assessoria de imprensa da PF emitiu uma nota explicando que o protesto se deve à morte de um policial em Juazeiro, na Bahia. Ele foi assassinado após reagir a um assalto na rodoviária da cidade, segundo a PF.
A publicação no Facebook teve 38 mil curtidas e 2,7 mil compartilhamentos em pouco mais de uma hora. Por volta de 12h, a corporação publicou uma nova mensagem na página, explicando o motivo da tarja. “Com pesar a Polícia Federal confirma o falecimento do policial federal Wilson Teixeira Queiroz Netto (41) durante assalto ocorrido na noite de ontem (29), em Juazeiro/BA”, diz a publicação.
A maior parte dos comentários, porém, referia-se à substituição de José Eduardo Cardozo no ministro da Justiça, pasta à qual a Polícia Federal é vinculada.
Ele deixou o cargo nesta segunda (29), alegando nos bastidores que não estaria mais disposto a ser alvos dos ataques do seu partido, o PT. Para o lugar dele foi escolhido o procurador baiano Wellington César Lima e Silva, indicado pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.
Políticos e militantes da legenda aumentaram o bombardeiro a Cardozo após a prisão do marqueteiro João Santana, responsável pelas campanhas presidenciais petistas em 2006, 2010 e 2014, e depois que a Operação Lava Jato se aproximou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, crítico frequente de Cardozo.
Os investigadores suspeitam que construtoras no alvo da Lava Jato bancaram melhorias em dois imóveis ligados a Lula: um sítio em Atibaia (SP) e um triplex no Guarujá (SP).
Internamente, Lula tem afirmado que Cardozo não tem controle algum sobre a Polícia Federal. O ex-ministro da Justiça assumirá a AGU (Advocacia-geral da União), em substituição a Luís Inácio Adams, que irá trabalhar na iniciativa privada.
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