A Polícia Federal recolheu na sede da empreiteira Camargo Corrêa documentos sobre obras públicas em pelo menos sete Estados. Os agentes apreenderam pastas, planilhas, tabelas, cópias de e-mails, CDs, contratos e relatórios sobre projetos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Prefeitura de Salvador e da Petrobras.

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Equipes da Operação Castelo de Areia apreenderam material quase que exclusivamente relacionado às obras da Camargo Corrêa. A delegada Luciana Matutino relatou ter encontrado projetos do metrô de Salvador e apreendeu envelope com a inscrição "obra BR-101-PE", sobre a conservação da rodovia em Pernambuco, feita pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Ministério dos Transportes. A delegada também levou à PF material referente a duas obras da Petrobras: o gasoduto Urucu-Manaus e a Refinaria Abreu e Lima. Agentes recolheram ainda documentos sobre "Ponte Estaiadas/ Rio Negro", além de duas pastas com referências ao Rodoanel.

A razão do interesse nas obras não foi divulgada pela PF. Quando agentes cumprem mandados de busca e apreensão, são orientados sobre o que devem procurar e apreender. No caso da Camargo Corrêa, o auto de apreensão demonstra que estavam atrás de documentos sobre doações de campanha, supostos crimes financeiros e obras públicas da construtora. Consultados pelo Estado, os responsáveis pelas obras na administração pública negaram irregularidades e dizem estar abertos a investigações.

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