PF retoma depoimentos de presos na Operação Hurricane

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A Polícia Federal (PF) retomou por volta das 10h desta segunda-feira (16) o depoimento dos presos na Operação Hurricane, que investiga um esquema de exploração de jogos ilegais, corrupção, lavagem de dinheiro e venda de decisões judiciais a bicheiros e donos de casas de bingo e máquinas de caça-níqueis. Vinte e cinco pessoas estão encarceradas na Superintendência da PF em Brasília desde o início da manhã de sábado (14).

Quatro acusados de envolvimento com o esquema estão sendo ouvidos. São eles os delegados da PF Susie Pinheiro Dias de Matos e Carlos Pereira da Silva e o delegado aposentado Luiz Paulo Dias de Matos, além do delegado da Polícia Civil de Niterói Marcos Antonio Bretas dos Santos.

Outros 17 prestaram depoimento no fim de semana, mas os interrogatórios foram interrompidos para que os agentes da PF pudessem analisar parte das duas toneladas de provas apreendidas na Operação Hurricane.

A operação

A Operação Hurricane investiga um esquema de exploração de jogos ilegais, corrupção, lavagem de dinheiro e venda de decisões judiciais a bicheiros e donos de casas de bingo e máquinas de caça-níqueis.

Deflagrada na sexta-feira (13), a Polícia Federal prendeu, na operação, 25 pessoas e apreendeu R$ 20 milhões, jóias, 51 veículos e duas toneladas de documentos e arquivos de computadores.

Todo as provas desembarcaram em Brasília no domingo (15). Foram necessárias duas viagens do Rio de Janeiro para a capital federal para transportar o material apreendido.

Os agentes da PF esperam encontrar nas provas subsídios para confrontar os presos que se recusam a dar informações. Orientados por seus advogados, bicheiros, advogados e magistrados alegam que desconhecem as acusações.

Relaxamento de prisão

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar nesta segunda-feira os pedidos de relaxamento de prisão do advogado Silvério Nery Cabral Júnior e dos desembargadores José Ricardo de Siqueira Regueira e José Eduardo Carreira Alvim, encarcerados na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília.

Os pedidos foram protolocados no fim de semana. A decisão cabe ao ministro Cezar Peluso, relator do inquérito, que também vai decidir se será prorrogada a prisão temporária dos 25 acusados.

O pedido de prisão expira às 6h de quarta-feira (18). Para que seja prorrogado, é necessário um pedido formal da Polícia Federal.