O delegado da Polícia Federal Sérgio Menezes, encarregado do inquérito do mensalinho, vai sugerir nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra do sigilo bancário e telefônico do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), acusado de receber propina do empresário Sebastião Augusto Buani para prorrogar a concessão da rede de restaurantes Fiorella. No inquérito que encaminhará ao STF, o delegado pedirá também acesso aos dados bancários e telefônicos de Buani. A PF entende que estas informações são importantes para confirmar a veracidade das acusações de Buani.
A PF deve enviar ao STF ainda nesta sexta o laudo do Instituto Nacional de Criminalística (INC) sobre suposta assinatura de Severino num documento que, segundo Buani, era a garantia da renovação de um dos contratos do Fiorella com a Câmara. Buani sustenta que pagou R$ 40 mil pelo documento. No início do escândalo, o presidente da Câmara admitiu que poderia ter assinado o documento. Mas depois disse que o papel era falso. Buani sustenta que Severino assinou o documento na sua presença no dia quatro de abril de 2002.
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