A Polícia Federal suspeita que o codinome “Amigo” nas planilhas encontradas na Odebrecht é relacionado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a instituição, o codinome “Amigo” aparece como beneficiário de um pagamento no total de R$ 8 milhões debitados do saldo do que a Polícia Federal chamou de “conta-corrente da propina”, na planilha italiano.
O codinome aparece ainda na planilha da conta Paulistinha, que listava remessas em dinheiro feitas pela empreiteira por meio do setor de Operações Estruturadas, com a “saída” de R$ 300 mil em 30 de outubro de 2014.
O fato foi revelado pelo delegado Felipe Hille Pace no despacho que indicia o ex-ministro Antonio Palocci por corrupção passiva. Citando um relatório de análise feito pela Lava Jato, Pace afirma que Lula era conhecido pelas alcunhas de “Amigo de meu pai” e “Amigo de EO” por Marcelo Odebrecht e por “Amigo de seu pai” e “Amigo de EO” quando utilizada por interlocutores de Marcelo Odebrecht.
Esta é a primeira vez que o nome do ex-presidente é vinculado diretamente a pagamentos de propina da Odebrecht. A PF também associou o codinome ‘Italiano’ a Antonio Palocci. Segundo as investigações, Palocci gerenciava os recursos de propina ao lado do empresário Marcelo Odebrecht.
Felipe Hille Pace cita que existe respaldo de provas e coerência investigativa em considerar que o “Amigo” das planilhas seja o ex-presidente. No entanto, a apuração de eventual responsabilidade criminal cabe a outro delegado da PF, Márcio Adriano Anselmo.
“Consigne-se, todavia, que tais elementos probatórios já são de conhecimento do Exmo. Delegado de Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo, responsável pelo núcleo de investigações dos crimes que, em tese, teriam sido praticados por Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu Pace.
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