O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mandou a Polícia Federal abrir um inquérito para apurar ameaças feitas por um advogado de Brasília contra a presidente Dilma Rousseff. Candidato derrotado a deputado distrital pelo PSDB, Matheus Satler publicou vídeo na semana passada em redes sociais sugerindo a renúncia ou suicídio de Dilma antes do dia 7 de setembro.
“Dilma Rousseff, renuncie, fuja do Brasil ou se suicide até o dia 6 de setembro às 23h59. Caso contrário, dia 7 de setembro a gente não vai pacificamente para as ruas. Vamos juntamente com as Forças Armadas populares do Brasil defender o povo brasileiro e te tirar do poder”, afirma o advogado.
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Leia a matéria completaEle afirma ainda que caso Dilma não deixe o cargo “sangue vai rolar”. Afirma que a cabeça de Dilma será arrancada e sugere ainda um “memorial” na Praça dos Três Poderes. “Assuma seu papel e tenha a humildade para sair do nosso país. Caso contrário, o sangue vai rolar. E não de inocentes. Vamos fazer um memorial na Praça dos Três Poderes, um poste de cabeça para baixo, porque com a foice e o martelo nós vamos arrancar sua cabeça e pregar e fazer um memorial para você”, diz o advogado.
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Leia a matéria completaCardozo anunciou a determinação do inquérito por meio de nota à imprensa divulgada nesta terça-feira (1.º). “O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou a abertura de inquérito pela Polícia Federal para apurar as ameaças proferidas contra a presidenta Dilma Rousseff pelo advogado Matheus Sathler Garcia, candidato a deputado federal pelo PSDB do Distrito Federal em 2014. O advogado chegou a divulgar um vídeo na internet em que ameaça promover um golpe militar e decapitar a presidenta da República. No vídeo, o advogado se identifica e sugere à presidente que fuja do Brasil ou cometa suicídio”, diz a nota.
O ministro afirma que o objetivo do inquérito é que “possam ser tomadas as sanções penais cabíveis” ao caso.
Satlher foi candidato a deputado distrital nas eleições passadas pelo PSDB e obteve apenas 1.415 votos, não conseguindo a vaga. Ele causou polêmica durante a eleição ao defender a distribuição nas escolas de um “kit macho” e um “kit fêmea”, um contraponto ao material de combate à homofobia que o governo federal preparou e foi apelidado de “kit gay”.
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