Brasília (Folhapress) A Polícia Federal pretende realizar 181 operações focadas no combate à corrupção, ao crime organizado e ao narcotráfico em 2006, de acordo com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Segundo ele, em 2005, a PF realizou 127 operações. "Vamos continuar atingindo a espinha dorsal do crime organizado para reverter esse quadro de violência e insegurança pública do nosso país", afirmou.
Barreto disse ainda que, para intensificar as operações, o número de policiais federais deve aumentar para 15 mil no ano que vem. "Em 2005, o número era de 12.365 policiais federais. Em 2002, tínhamos 9.289", disse. Este ano foram presas, segundo ele, 2.200 pessoas.
Em 2005, foram investidos na Polícia Federal cerca de R$ 660 milhões quase o dobro do investimento feito em 2002, segundo Barreto. "Esperemos que, em 2006, o investimento chegue em R$ 700 milhões", afirmou.
Na avaliação do secretário, 2005 foi o "ano de combate à pirataria". "Foram apreendidos, em 2005, US$ 87 milhões em mercadorias. Ou seja, 130% a mais do valor apreendido em 2004. Também foram presas cerca de 1.200 pessoas ligadas à pirataria", disse ao lembrar que, em 2004, o número de presos foi de 40.
Metas
O Ministério da Justiça já havia divulgado no início do mês 29 metas de combate a crimes contra o sistema financeiro nacional definidas pela Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro (Encla). Os objetivos deverão ser cumpridos até o fim de 2006 pelos órgãos do Executivo e Judiciário que fazem parte do Gabinete de Gestão Integrada de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro (GGI-LD).
"Queremos construir no Brasil uma cultura de combate à lavagem de dinheiro que vai desde os grandes negócios internacionais até a negativa de uma nota fiscal", afirmou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
Uma das metas é a elaboração, até setembro, de um anteprojeto de lei que aperfeiçoe a tipificação dos crimes de terrorismo e de financiamento ao terrorismo. "O terrorismo é um tema mundial. É preciso estar preparado porque o crime de combate à lavagem de dinheiro é transnacional", informou o ministro.
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